(texto: wikipédia / foto: arquivo pessoal)
A região, hoje conhecida como Município de Rio
Branco, tem origem quando da chegada, na região do Acre, do seringalista Neutel
Maia, em fins de 1882, juntamente com sua família e trabalhadores, que trazia
para a produção de borracha, e onde fundou seu primeiro seringal à margem
direita do Rio Acre (onde hoje está localizada a árvore da gameleira),
iniciando ali as construções de barracões e barracas; em terras antes ocupadas
pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris - dando o nome de
Seringal Volta da Empresa (onde hoje está localizado o chamado Segundo
Distrito), por estar assentado onde o rio faz a curva. Em seguida, abriu outro
seringal na margem esquerda do Rio Acre, onde hoje está instalado o Palácio do
Governo do Acre, com o nome de Seringal Empresa.
A capital do Estado do Acre (o nome Acre origina-se
de Áquiri, transcrita pelos exploradores desta região da palavra Uwakuru do
dialeto dos índios Ipurinã), foi fundada em 28 de dezembro de 1882, pela Lei ou
Resolução Provincial nº 1, de 05-11-1855, é criado o distrito de Torres do Rio
Bonito e anexado ao município de Rio Verde.
Em 1904, após anexação definitiva do Acre ao
Brasil, foi elevada à categoria de Vila, tornando-se sede do departamento do
Alto Acre. Em 1909 passou a ser denominada Penapólis (em homenagem ao então
Presidente Afonso Pena) e, em 1912 , Rio Branco, em homenagem ao Barão de Rio
Branco, chanceler brasileiro cuja ação diplomática resultou no Tratado de
Petrópolis. Em 1913 tornou-se município. Em 1920, capital do território do Acre
e em 1962, capital do estado.
Rio Branco é o centro administrativo, econômico e
cultural da região. É cortado pelo Rio Acre, que divide a cidade em duas partes
denominadas Primeiro e Segundo distritos.
Anos depois, a mesma Gameleira seria testemunha dos
combates travados entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas durante o
crítico período da Revolução Acreana que tornou o Acre parte do Brasil no
início deste século.
Com o Tratado de Petrópolis e a criação do
Território Federal do Acre, a agora chamada "Villa Rio Branco",
firmou-se como o principal centro urbano de todo o vale do Acre, o mais rico e
produtivo do território. Tanto assim, que a partir de 1920, a cidade de Rio
Branco assumiu a condição de capital do Território e depois do Estado.
Durante todos esses acontecimentos, a rua surgida
da Gameleira, na margem direita do Rio Acre, era o centro da vida comercial e
urbana dessa parte da Amazônia. Ali se situavam os bares, cafés e cassinos que
movimentavam a vida noturna da cidade, ali se encontravam os principais
representantes comerciais das casas aviadoras nacionais e estrangeiras que
movimentavam milhares de contos de réis naquela época de riqueza e fausto. Ali
moravam as principais famílias da elite urbana composta por profissionais
liberais e pelo funcionalismo público.
Com o passar do tempo a administração política do
Território foi sendo transferida para a margem esquerda do Rio Acre, com terras
mais altas e não inundáveis. Ainda assim as ruas que integravam o centro da
cidade formada pelas ruas Cunha Matos, 17 de novembro e 24 de janeiro
permaneciam sendo a principal área comercial da cidade, paulatinamente dominada
pelos imigrantes sirio-libaneses, a ponto de em meados da década de 1930 ser
também conhecida como "Bairro Beirute".
Porém, a partir da década de 50, teve início um
pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio
Branco, que passou a ser chamado de 2º Distrito. Isso resultou da transferência
de boa parte de suas principais casas comerciais para o 1º Distrito da cidade,
na margem esquerda do Rio Acre, onde já estavam instaladas as principais
repartições publicas e as residências das mais importantes famílias do
território.
Depois de terminada a Revolução Acreana, após a
assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, Cunha Matos, a
mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar,
como prefeito, o Departamento do Alto Acre até 1905.
Cunha Matos escolheu para instalar a sede de sua
prefeitura, de forma provisória, a localidade povoada do seringal Volta da
Empresa, à margem direita do Rio Acre, no dia 19 de agosto de 1904, passando o
local a ser chamado de Vila Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904, onde hoje
está localizado o Segundo Distrito da cidade de Rio Branco.
Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do
Departamento do Alto Palácio Rio Branco, sede do governo, Coronel Gabino
Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do Rio Acre.
Gentílico: rio-branquense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Volta da Empresa, pelo decreto do Prefeito nº 3, de 22-08-1904.
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a
denominação de Rio Branco, pelo decreto do Prefeito nº 7, de 07-09-1904.
Elevado à categoria de sede com a denominação de
Rio Branco, pelo decreto federal nº 5188, de 07-04-1904. Constituído de 3
distritos: Rio Branco, Capatará e Riozinho. Instalado em 18-08-1904.
Pela resolução nº 09, de 13-06-1909, deixou de ser
sede do município transferido para vila de Penápolis.
Pelo decreto federal nº 9831, de 23-10-1912, à
categoria de cidade e sede do município com a denominação de Rio Branco.
Instalado em 15-02-1913.
Pelo decreto federal nº 14.383, de 01-10-1929,
manteve o município com a mesma denominação, elevou a sede à categoria de
capital do território.
Catuaba, Mteroi, São Francisco do Riozinho,
Capatara, Itu e Campos Belos.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937, o município aparece constituído de 15 distritos: Rio Branco,
Catuaba, Mterói, São Fancisco do Piozinho, Capatrá, Itu, Campo Belo, Porto
Acre, Humaitá, Marechal Deodoro, Antimari e Depósito do Inquiri, Plácido de
Casto, Seringal e Triunfo.
Peleo decreto territorial n° 147, de 17-03-1944, o
Distrito de Itu é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do
município de Rio Branco.